segunda-feira, 8 de março de 2010

Envenenamento de Cães e Gatos... o que fazer???


Texto escito pela Médica Veterinária Silvia C. Parisi (CRMV-SP 5532)

Não é raro um animal, cão ou gato, ingerir um produto que possa lhe causar intoxicação. A maioria dos princípios tóxicos causa vômitos, diarréia, dilatação ou contração das pupilas, apatia e, em casos mais graves, convulsões ou outros sinais neurológicos (incoordenação, mudança de comportamento, etc.). A intoxicação pode ocorrer também se o tóxico for absorvido pela pele. Assim, cães e gatos com ferimentos não devem receber tratamento antipulgas, carrapaticida ou acaricida (contra sarna), usando produtos inseticidas. Não deixe que o animal lamba a espuma ou a água durante o banho com esse tipo de produto.

É importante socorrer o animal imediatamente, caso se tenha observado a ingestão de um tóxico, ou quando do aparecimento de sinais clínicos que nos levem a suspeitar de intoxicação (p.ex., se houve um banho antipulgas ou carrapaticida recente, dedetização na casa ou uso de inseticida doméstico, tintas, etc.).

A indução do vômito, logo após a ingestão de produtos como inseticidas, raticidas ou plantas tóxicas é uma medida eficaz para ajudar a eliminar o veneno. Isso pode ser conseguido administrando ao animal por via oral, 5 a 10 ml de água oxigenada (3%) ou água morna com sal em intervalos de 5 ou 10 minutos. No entanto, nem sempre a indução do vômito é recomendada, como no caso de ingestão de substâncias extremamente irritantes ou cáusticas (produtos de limpeza, alvejantes, sabão em pó, etc.). Nesses casos, recorre-se à lavagem gástrica, feita na clínica veterinária.

Uma outra medida eficaz nas intoxicações é impedir que o tóxico seja absorvido pelo organismo. Para isso, faz-se uso de substâncias como o carvão ativado, misturado à água do animal. Ele se "ligará" ao veneno, impedindo que o mesmo seja absorvido. Mas essa medida só tem efeito que realizada logo após à ingestão do tóxico. O uso de diuréticos ajuda a eliminar substâncias tóxicas já absorvidas pelo organismo.

Sempre que possível, levar a embalagem do produto que, suspeita-se, tenha intoxicado o animal. Existem várias substâncias que causam sintomas semelhantes. O veterinário, conhecendo o princípio tóxico, poderá instituir um tratamento adequado.

Nunca tente tratar um animal intoxicado por conta própria ou demore para levá-lo ao veterinário. Você pode induzir o vômito caso tenha presenciado a ingestão (exceto em caso de substâncias irritantes ou cáusticas), mas leve-o à clínica, logo em seguida, para que o animal seja avaliado e fique em observação.

Em caso de suspeita de crime (tentativa de envenenamento), urina, vômito, excreções e sangue, devem ser colhidos para análise. Se houver morte do animal, fragmentos de órgãos como rim e fígado devem ser coletados e congelados para análise. A perícia, feita por um veterinário capacitado, necessitará desses elementos para emitir um laudo e concluir se houve crime.

Substâncias que comumente causam intoxicação em animais domésticos se ingeridos ou absorvidos pela pele lesada: inseticidas domésticos, carrapaticidas, produtos contra sarna, pós antipulgas, veneno contra ratos ou formigas, inseticidas para plantas, plantas tóxicas e produtos de limpeza.

sábado, 6 de março de 2010

Transfusão Sangüínea em Cães e Gatos

Texto escrito pelo Médico Veterinário Dr. Albert Lang, de Joinville/SC. CRMV-SC: 1617

INTRODUÇÃO

O presente manual foi idealizado para auxiliar o veterinário nos casos em que a transfusão sangüínea em caninos e felinos é indicada.

Na maioria das vezes as transfusões são realizadas em caráter de emergência, em pacientes extremamente anêmicos e sujeitos a risco de vida imediato, independente da causa.


Pretendemos que este manual venha a ser extremamente útil e pratico, capaz de, ao ser consultado, fornecer elementos necessários à coleta e transfusão de sangue nas espécies consideradas, não se pretendendo aqui tecer considerações quanto à classificação e ao estudo das anemias.

OBJETIVO DA TRANSFUSÃO

A transfusão sangüínea tem por objetivo manter a vida no paciente acometido de considerável redução de células sangüíneas e manter a circulação da hemoglobina em níveis satisfatórios. paralelamente, seu efeito se faz sentir na recomposição da volemia nos casos de choque hemorrágico agudo, não devendo ser a transfusão utilizada única e exclusivamente com esta finalidade.

Geralmente, nestes casos, a transfusão com sangue armazenado sob condições ideais tem contribuído efetivamente para a recuperação do animal por um prazo de 20 dias. nos casos de anemia não regenerativa e naquelas do tipo não hemolítica uma única transfusão tem sido satisfatória.

INDICAÇÕES DA TRANSFUSÃO

1- A transfusão é indicada quando ocorre baixa da concentração celular sangüínea acompanhada com sintomas clínicos de anemia ( mucosas pálidas, taquicardia, sopro cardíaco funcional: sopro anêmico ). como parâmetros de hemoglobina e de hematócrito que exigem transfusão, podemos considerar os seguintes limites mínimos:

NO CÃO: HEMOGLOBINA................................ 5g/100ml
HEMATÓCRITO................................. 15 %

NO GATO: HEMOGLOBINA................................ 4g/100ml
HEMATÓCRITO................................. 12%

2 - Durante as cirurgias prolongadas e traumatizantes com grande perda de sangue.

3 - Nos estados de hipoproteinemias resultantes de prolongada inanição, de enfermidades parasitárias consuntivas, de infecções, de queimaduras e de intoxicações.

4- Como terapia inespecífica estimulante, com a finalidade de restabelecer a resistência dos animais e nos casos de convalescença prolongada decorrente de tratamentos cirúrgicos.

CONTRA-INDICAÇÕES DA TRANSFUSÃO

A maior contra-indicação a ser considerada é a que diz respeito à incompatibilidade do sangue transfundido com o do receptor. no entanto, em pacientes com hemorrágica aguda e sob risco de vida, o sangue deve sser aplicado como recurso de emergência, sem maiores cuidados.

Nos casos de cães com doenças auto-imunes (anemia hemolítica auto-imune), apesar de não ocorrer incompatibilidade, mas apenas maior destruição de eritrócitos do sangue transfundido, não há inconvêniecia da transfusão, desde que se tomem cuidados adequados para esta situação.

No cão, o grau de depressão ao estímulo eritropoiético ocasionado por uma transfusão ainda não é bem conhecido. na prática, transfusões repetidas em cães e gatos não parecem diminuir significativamente a eritropoiese.

SELEÇÃO DO DOADOR

Sucesso de uma transfusão depende de criteriosa seleção do doador. selecione cães com idade acima de um ano, pesando entre 20 a 30 quilogramas, não obesos, de temperamento dócil e fácil manejo, que anteriormente não tenham recebido transfusões. a prática tem mostrado que cães de raça pointer, pastor alemão, dálmata e outros cães mestiços de grande porte se prestam muito bem para esta finalidade. Em hospitais veterinários é importante que 2 ou 3 animais de propriedade do estabelecimento estejam sempre disponíveis, nas condições acima descritas.

Os doadores devem ser clinicamente sadios, apresentarem boas condições físicas, isentos de parasitos de qualquer espécie, cercados de atenção especial com relação àquelas moléstias possíveis de serem transmitidas por via sanguínea. É recomendável, cada seis meses, vacinar os doadores contra a cinomose, a hepatite infecciosa e a leptospirose.

Hematócritos periódicos constituem norma recomendável para se aquilitar o nível sangüíneo capaz de assegurar uma transfusão satisfatória.

Considerando que na prática a tifificação do sangue canino é dificultada pela ausência de soros espacíficos, convém que o profissional se baseie na observação dos pacientes que receberem a transfusão. caso haja repetição de repetição de reações transfusionais, o doador deve ser substituído.

De preferência, deve ser usado um doador cea-1 e cea-2 negativos, antigamente classificado como tipo a negativo, sendo que as chances de encontrá-los são de 40 %.

Modernamente, os grupos sangüíneos são classificados com a abreviação cea (canine erythrocytes antigens) e em número de oito, assim distribuídos:

GRUPO INCIDÊNCIA
CEA- 1 40 %
CEA- 2 20 %
CEA- 3 5 %
CEA- 4 98 %
CEA- 5 25 %
CEA- 6 98 %
CEA- 7 45 %
CEA- 8 40 %

Dos grupos acima mencionados, somente os cea-1 e cea-2 são muito reativos. transfusões feitas em cães que foram previamente sensibilizados com cea-1 ou cea- 2 resultam em reações graves, com hemólise severa.

Os outros antígenos remanescentes reagem, muito fracamente em cães previamente sensibilizados, sendo rara a ocorrência natural de anticorpos.

COLETA DE SANGUE

Existem duas formas de coletar sangue: a direta e a indireta.

Direta é aquela feita com o objetivo de uma transfusão imediata do doador ao paciente. este método tem se mostrado ineficiente na maioria das vezes, levando-se em conta a inquietude dos pacientes e dos doadores.

Na indireta o sangue coletado é armazenado em recipiente apropriado para sua conservação, constituindo-se no método mais utilizado em medicina veterinária.

A) PREPARO DO DOADOR

Doador deve ser previamente tranqüilizado com cloridrato de clorpromazina na dose de 3 a 5 mg por quilograma de peso vivo. ao total da dose tranqüilizante, adicionar atropina na dosagem de 0,4 mg por quilograma de peso, e injetar lentamente por via endovenosa, utilizando-se da veia cefálica. após 15 minutos de aplicação o doador estará em condições para a coleta do sangue.

Alguns clínicos preferem anestesiar o doador com barbitúricos de curta ação. a prática tem mostrado não haver nenhuma inconvinência para o receptor, com relação ao sangue transfundido nestas condições.

B) ÁREAS DE COLETA

Sangue deve ser obtido referentemente da veia jugular, pós prévia tricotomia da região a fim de assegurar a limpeza e assepsia da pele. após assepsia com phiso-ex ou isodine, garrotiar a veia jugular na altura do manúbrio externo.

Pratica-se a punção do vaso com agulha grossa (agulha descartável n.º 15) ou cateter, e a seguir conecta-se o apropriado e deixa-se o sangue fluir livremente.

Alguns veterinários preferem utilizar agulha e equipo previamente umedecidos com heparina, antes da coleta. outros recomendam a aplicação de heparina na dosagem de 150 a 300 ui/kg pv, via ev, 5 minutos antes da coleta. ambos os procedimentos visam evitar a formação de coágulos nas agulhas e equipos.

Tão logo o sangue flua livremente pelo equipamento coletor, conectar uma agulha grossa na extremidade livre e introduzir no frasco coletor, no local indicado "entrada", e o sangue fluirá para dentro do frasco. convém lembrar que o frasco coletor possui vácuo e a tampa somente deverá ser perfurada quando o equipamento coletor estiver adequadamente montado, com o sangue fluindo.

Outra técnica de coleta consiste na punção cardíaca. nestes casos, usar agulha grossa nº15, puncionando o ventrículo direito ou esquerdo com o animal previamente anestesiado. esta via não é recomendável para doadores selecionados, pois há risco de sua perda.

QUANTIDADE A SER COLETADA DE UM DOADOR

Estudos recentes concluíram que a quantidade de sangue por kg de peso corporal, no cão, é de aproximadamente 111,3ml. um doador selecionado, que não se pretende sacrificar, poderá doar 20ml/kg, com coletas repetidas cada 2 semanas, sem prejuízo para o doador. o controle do hematócrito e da hemoglobina média assegurará os níveis de qualidade do sangue.

Entretanto, nos doadores que serão sacrificados deve ser coletado o máximo de sangue possível.

RECIPIENTE PARA CONSERVAÇÃO DO SANGUE.

Os recipientes para coleta de sangue são de plástico ou de vidro, contendo anticoagulante no seu interior, para uma determinada quantidade de sangue.

Três tipos de anticoagulantes são mais usados para a conservação do sangue:

ACD- ÁCIDO CÍTRICO, CITRATO DE SÓDIO E DEXTROSE.
CPD- CITRATO DE SÓDIO, FOSFATO E DEXTROSE.
H- HEPARINA.
Estes anticoagulantes são ajustados para certo volume de sangue e, desta forma, os frascos devem ser enchidos de acordo com a instrução do fabricante, contida no rótulo, de modo a não permanecer excesso de anticoagulante.

A dextrose contida nos anticoagulantes acd e cpd é importante para nutrição e sobrevivência dos eritrócitos, quando o sangue é armazenado por muito tempo. no entanto, para as transfusões imediatas, o tipo de anticoagulante não tem importância.

O sangue estocado em acd apresenta uma redução dos níveis de 2,3 dpg (difosfoglicerato). a hemoglobina, sob níveis baixos de 2,3 dpg, tem uma dissociação lenta com menor liberação de oxigênio para os tecidos. o sangue, transfundido nestas condições, readquire os níveis normais de 2,3 dpg após decorridas 3 a 4 horas da transfusão. este fato se reveste de grande importância quando há necessidade de se usar transfusões maciças. nestas circunstâncias o sangue conservado em cpd é preferível ao acd, por manter mais elevados os níveis de 2,3dpg.

A heparina não se presta como conservador, devendo o sangue heparizado ser utilizado, no máximo, até 48 horas após a coleta, sendo mais usada quando se requer uma transfusão imediata, devendo ser diluída na proporção de 450 ui em 6 ml de solução salina, para 100 ml de sangue.

ARMAZENAMENTO DO SANGUE

O frasco contendo sangue para transfusão deve ser identificado, datado e armazenado na temperatura de mais ou menos 5º c, em geladeira de uso doméstico. nestas condições, apesar das variações de 1º c até 6º c, pode ser estocado até 21 dias.

O sangue mantido em acd não altera a vitalidade dos eritrócitos, que é de 120 dias, quando transfundido até o 4º dia da coleta. após aquele prazo inicia-se um processo de desvitalização do mesmo. assim, com 15 dias de armazenamento, a vida dos eritrócitos não ultrapassa os 80 dias e, após 21 dias de estocagem, 70% das células sangüíneas não sobreviverão 24 horas após a transfusão.

MODALIDADES DA TRANSFUSÃO

Duas alternativas decorrem do uso do sangue: volume total ou somente volume de eritrócitos.

Para se fazer a transfusão do volume total de sangue, indicado na maioria dos casos, devemos misturar suavemente o conteúdo do frasco para que plasma e glóbulos sejam homogeneizados, pois que os elementos figurados do sangue mantido em geladeira sedimentam, separando-se do plasma nos casos de anemia crônica, quando apenas os eritrócitos são requeridos , o plasma deve ser retirado do frasco antes do início da transfusão. eventualmente pode-se armazenar o frasco de boca para baixo, de modo que os eritrócitos sedimentados sejam os primeiros a serem esgotados, evitando-se assim os inconvenientes de outros processos que poderiam acarretar contaminação nas manobras de separação do plasma.

Para as transfusões, o sangue não necessita de aquecimento; contudo, para pacientes com hipotermia, convém aquecê-lo previamente. isto poderá ser conseguido mergndo-se o frasco ou mantendo-se o equipamento em água morna.

VIAS DE TRANSFUSÃO

Dependendo do porte e da idade do animal, três vias distintas podem ser utilizadas para transfusão: a endovenosa, a intraperitoneal e a intrafemural.

A - VIA ENDOVENOSA

A via endovenosa é a mais usada, devendo ser preferida pelos bons resultados que oferece. apresenta maior facilidade na contenção do animal preso à mesa e, na maioria das vezes, não há necessidade de se manter auxiliares ao seu lado, por ocasião da transfusão. no entanto, é aconselhável a colaboração do proprietário junto ao paciente, pois que, geralmente, a sua presença transmite mais tranquilidade ao animal.

As safenas, as cefálicas e as jugulares são as vias comumente usadas nas transfusões.

B- VIA INTRAPERITONEAL

Os resultados das transfusões feitas por esta via tem sido contestados por alguns autores. no entanto, outros a recomendam apenas nos casos em que o paciente é portador de anemia crônica. em nossa prática, não temos obtido bons resultados com esta via.

C- VIA INTRAFEMURAL

É indicada principalmente em cães jovens (filhotes), pela facilidade em se conseguir a perfuração do osso femural e o sangue ser absorvido em 75%, passando rapidamente para a circulação.

DOSAGEM DO SANGUE NAS TRANSFUSÕES

Na prática, as dosagens de sangue tem sido feitas de modo arbitrário, estabelecendo-se um critério de transfundido ente 10 a 20 ml de sangue por quilograma de peso. alguns autores recomendam dosar previamente a hemoglobina do paciente r, partindo-se do princípio de que existem 7 gramas de hemoglobina em cada 100 ml de sangue doado, pode-se calcular a quantidade necessária a ser transfundida. no entanto, o sistema arbitrário, por ser mais simples, tem sido mais usado, demonstrando resultados satisfatórios.

O gotejamento do sangue deve ser iniciado lentamente (30 gotas por minuto), até completar uma hora. se, durante este período, o paciente não apresentar reações secundárias (urticária), o gotejamento pode ser aumentado para 80 gotas por minuto ou mais. nas hemorragias agudas, em casos extremos, a fim de salvar a vida dos pacientes, deve ser injetada a maior quantidade possível de sangue, iniciando-se com 80 gotas por minuto ou mais.

A manifestação de reações secundárias é fator determinante para a suspensão da transfusão. a quantidade de sangue transfundida deve ser o suficiente para elevar o hematócrito a um nível de 30%, porém, na maioria das vezes, hematócritos pouco acima de 20% já são suficientes. não se deve eleva-lo a níveis normais ou muito próximos destes, sob risco de supressão do estímulo eritropoiético.

TRANSFUSÃO DE SANGUE EM GATOS


Método é bastante semelhante ao emprego em cães. Usa-se o sangue heparinizado, retirado por punção cardíaca ou da jugular de um doador sadio. este deve ser de bom tamanho, podendo doar de 100 a 170 ml. a via de transfusão nos adultos, é a jugular; nos filhotes (gatinhos), utiliza-se a fossa tracantérica (intra umeral).

De modo geral, 20 a 60 ml de sangue são utilizados em cada transfusão normalmente, os gatos vomitam após a transfusão e, naqueles extremamentes anêmicos, a morte pode ocorrer durante a mesma, sendo desconhecida a causa.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Conhecendo Tudo Sobre as Raças de Cães Mundiais / 3º Post: Poodle


O Poodle, também chamado de Barbone e Caniche, é considerado uma das raças mais inteligentes, obedientes, dóceis e versáteis. Por possuir tais características e uma aparência encantadora, é considerado o mais popular das raças. O nome deriva da palavra alemã "pudel", que significa "chapinhar na água". No passado, esse animal serviu como excelente cão de busca. Embora moderno lebre o antigo Water Spaniel Irlândes, a linhagem do Poodle continua um mistério.
Na França este cão é chamado Caniche (Canard = pato) porque houve um tempo em que era considerado um excelente resgatador (que vai buscar a caça abatida e a traz para o seu dono) de aves selvagens aquáticas.
Comprar um filhote de Poodle, de pequno porte, não é coisa fácil. Normalmente ele cresce e transforma-se num cão bem maior que o desejado. Este problema é causado pela falta de informação quanto à criação correta da raça.
O correto é criar sempre Poodles de igual tamanho. Assim, os descendentes terão o mesmo porte dos pais. Essa regra, no entanto, só funciona se for seguida, no mínimo por 6 gerações. Visando apenas lucro, os criadores inescrupulosos cruzam exemplares de tamanhos diferentes com a intenção de produzir uma ninhada maior e de filhtoes menores. A receita deles é acasalar uma fêmea maiorzinha com uma machinho bem menor. O resultado são mais filhos, mas de tamanhos imprevisíveis.
Quem quer levar um Poodle para casa e não ter muitas surpresas com o seu tamanho, o melhor a fazer é verificar o tamanho dos pais. O número de filhotes da ninhada também é um bom indicador. Normalmente o Toy dá em média de 2 a 3 filhotes; o Anão, de 4 a 6, o Médio de 7 a 10 e o grande de 9 a 14 filhotes.
Porém, nada disso garante que o filhote será do tamanho desejado. O certo mesmo é a honestidade do criador, por isso, o ideal é comprar filhotes apenas de criadores idôneos. Se você não conhecer nenhum canil peça a indicação no Kennel Clube mais próximo de sua cidade e se garanta legalmente, exigindo no contrato de compra e venda a descrição da variedade, caso ela não conste no pedigree
Os Poodles com menos de 25 cm são chamados de Micro. Geralmente, em função do tamanho, tem a ossatura muito delicada e fogem das características exigidas no padrão da raça. A cabeça costuma ser grande e abobadada, os olhos redondos e proeminentes e a moleira aberta quando adulto.
Estas características podem torná-los animais fracos, propensos a fraturas e até à morte após uma simples queda.
Os poodles, em geral, são excelentes companhia para as crianças. Topam qualquer brincadeira sempre com muito entusiasmo. Na foto ao lado está a Daniela, com 3 anos, e a Fifi, uma poodle com 22 cm.

Os Poodles, pelo sistema CBKC podem ter quatro tamanhos:

TOY - até 28 cm

ANÃO - de 28 a 35 cm

MÉDIO - de 35 a 45 cm

GRANDE - de 45 a 60 cm

Conhecendo Tudo Sobre as Raças de Cães Mundiais / 2º Post: Pinscher


Existem duas variedades de pinscher, o pinscher médio e o zwergpinscher ou pinscher anão. Atualmente a variedade de tamanho médio está quase extinta e há quem já a considere extinta. Pouca coisa se sabe a respeito da origem dos pinschers, contudo sabe-se que são originários da Alemanha e que a variedade média é anterior ao pinscher anão e que esteve presente na formação de diversas outras raças alemãs, dentre as quais o doberman. Atulmente o doberman e os pinschers ainda guardam muitas semelhanças físicas e algumas semelhanas comportamentais, especialmente a grande coragem. Criadores de pinschers frequentemente dizem que seus cães “pensam que são dobermans“.
A palavra pinscher, em alemão, significa mordedor, referente a forma brava com que estes cães abocanhavam seus inimigos, fossem eles ratos ou intrusos. O pinscher é conhecido por sua coragem, é como se ele no tivesse noção do próprio tamanho. Um pinscher pode enfretar inimigos muito maiores que ele sem se intimidar nem por um momento. É considerada a menor raça de cão de guarda reconhecida do mundo.
Sua popularidade cresceu muito no mundo todo, principalmente a partir do começo do século XX. No Brasil esta popularidade fez surgirem diversas variedades a venda com os nomes de pinscher 1, 2, 3 e até mesmo pinscher 0. Esses “tipos” de pinscher não existem e foram inventados no Brasil com o intuito de vender filhotes para pessoas que não conheciam bem a raça. Além disso esses cães fizeram a fama do pinscher no Brasil como um cão nervoso e neurótico, quando o verdadeiro pinscher deve ter um temperamento bem equilibrado.
Além de sua grande coragem e destemor, o pinscher é vigilante e alerta sendo um bom cão de guarda de alarme. Leal a sua família, gosta de crianças mas não é muito paciente com elas, não sendo a melhor opção para casas com crianças pequenas. É territorial e passional, deve ser bem educado com paciência para não se tornar possessivo demais. É uma raça inteligente, mas um pouco teimosa e insistente, mas mesmo assim disposta a aprender (37º colocação no ranking de inteligência canina de Stanley Coren). É provável que persiga outros a animais domesticoscomo hamsters e gatos.

Conhecendo Tudo Sobre as Raças de Cães Mundiais / 1º Post: Labrador


E para começar a série de Raças de Cães Mundiais, irei divulgando aos poucos informações e curiosidades sobre algumas raças de cães. O intuito desta série é fornecer aos proprietários informações curiosas sobre os seus animais, assim como guiar algumas pessoas na decisão de qual a melhor raça de cão para se criar, ou qual a raça que convive muito bem com crianças, ou qual a melhor raça para guarda etc.


Acredita-se que esta raça, apesar do nome de “Labrador”(uma província do Canadá), seja originária da ilha canadense de Terra-nova (a mesma ilha de origem do cão Terra-nova). Esta ilha, ricas em recursos pesqueiros teria atraido vários colonos europeus interessados em explorar suas águas, estes colonos por sua vez teriam levado consigo seus cães, ancestrais do labrador retiever de hoje. Se estes cães, que ajudavam na pesca, eram nativos das Américas, da própria ilha ou talvez da parte continental vindo daí o nome de labrador, ou se teriam sido trazidos da Europa, não se sabe com certeza, mas o ambiente inóspito de Terra-nova, a grande atividade de exploração do mar e o emprego destes cães como auxiliares em barcos pesqueiros ajudaram a moldar o labrador de hoje. Alguns acreditam que a raça se manteve pura desde de seus ancestrais canadenses, outros sustentam que, depois de sua introdução na Grã-Bretanha, eles teriam sido misturados com outras raças , especialmente o pointer.
Mais tarde, no século XIX, estes cães teriam sido vistos pelo 2º Conde de Malmesbury que ficou impressionado com a raça, importanto alguns para a Inglaterra. Uma vez na Inglaterra a atividade pesqueira foi substituida pela caça esportiva. A grande inteligência do labrador, seu olfato apurado e “boca macia” (segura e carrega as aves abatidas pelos caçadores sem danificá-las, nem a carne, nem as penas) fizeram dele um dos melhores retrievers conhecidos. É especialista em caçar aves, principalmente em regiões pantanosas, onde sua habilidade como nadador se mostra de grande valia na hora de recolher a caça que caiu na água.
A raça, devido a sua grande adestrabilidade (ocupa a 7ª colocação no ranking de inteligência canina de Stanley Coren) se tornou uma das raças mais utilizadas como cães-guia no mundo, além disso, seu olfato apurado faz dele um bom rastreador, treinado para encontrar drogas e um bom cão de salvamento, treinado para encontrar pessoas soterradas em todo o mundo.
Seu temperamento equilibrado e paciente fizeram dele um grande cão de companhia cuja popularidade não para de crescer. É alegre e adora crianças, sendo um excelente cão para famílias. Esta raça precisa de muito exercício e distração ou pode desenvolver problemas comportamentais e se tornar destrutivo. Este cão adora a companhia das pessoas e não gosta de ser deixado sozinho.
Os donos devem escovar o pêlo deste cão com certa regularidade, pois, apesar de curto, o pêlo é duplo e muito denso. O dono também deve manter uma higiene regular nas orelhas e vigiar a alimentação do labrador.
Esta raça pode estar sujeita a alguns males de origem hereditária, tais como tendência à obesidade, displasia coxo femural, atrofia progressiva da retina e catarata. Os futuros donos não devem se deixar assustar pelos problemas de saúde que a raça pode apresentar, pois todos eles podem ser evitados com uma boa escolha do filhote e dos pais da ninhada.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Meaty Bones

Olá pessoal! Andei lendo algumas mensagens postadas em uma comunidade do Orkut que tratavam de assuntos relacionados às alimentações dos cães e achei muito interessante o tópico que falava sobre os então Meaty Bones. E pesquisando mais sobre o referido assunto, achei 2 tópicos muito interessantes no site CACHORRO VERDE e aqui estou postando os mesmos para que vocês também fiquem por dentro do assunto. Espero que vocês leiam sobre o assunto e que gostem das dicas encontradas nos tópicos.

http://cachorroverde.com.br/?cat=37

http://cachorroverde.com.br/?cat=24

Abração a Todos!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Conheça George, o Gigante, o cachorro mais alto do mundo


Notícia publicada em 22/02/2010 pelo portal G1.COM

O título de cachorro mais alto do mundo mudou de mãos, ou melhor, de patas. George, o Gigante, foi reconhecido recentemente pelos organizadores do Guinness Book como o maior cão do mundo. Em pé, animal tem 2,2 metros. Cachorro da raça Great Dane recebe título do livro dos recordes.
O animal da raça Great Dane mede 2,2 metros em pé e "roubou" o título de Titan, um cachorro da mesma raça, dois centímetros menor. George mora com um casal de americanos na cidade de Tucson, no estado do Arizona (EUA).
A comissão do Guinness Book visitou a família de George para confirmar suas medidas. Além da estatura monumental para um cachorro, ele pesa 111 quilos e consome 50 quilos de ração ao mês.
Craig Glenday, editor-chefe do Guinness World Records, comentou ao jornal inglês "Metro" que o reconhecimento de George deve despertar outras pessoas a exibirem seus animais de porte extraordinário.

Cadela de 21 anos busca recorde como o cão mais velho do mundo


Notícia publicada em 26/02/2010 pelo portal G1.COM

'Otto', que detinha o recorde, morreu em janeiro deste ano.
Britânico diz que deu a cadela ainda filhote para sua filha em 1989. Após a morte de "Otto", que tinha 20 anos e 11 meses, em janeiro deste ano, a cadela "Lulu", de 21 anos, pode entrar para o Guinness, livro dos recordes, como o cachorro mais velho do mundo, segundo reportagem do jornal inglês "Daily Telegraph".
"Lulu" mora com o casal britânico Travis Buckly, de 60 anos, e Susan Parybus, de 54, em Coventry (Reino Unido). Ele contou para o periódico que deu a cadela ainda filhote para sua filha, Emma, em 1989.
Buckly credita a longevidade de "Lulu" --a idade equivale a 147 anos humanos-- à dieta baseada em filé mignon, vitela e salsichas. De acordo com ele, a cadela termina suas refeições com queijo, biscoitos e chocolate.
Segundo o porta-voz do Guinness, a categoria para o cão mais velho do mundo está vaga desde a morte de "Otto". Ele destacou que leva cerca de seis semanas para verificar as informações e confirmar o possível recorde de "Lulu". A Idade da cadela 'Lulu' equivale a 147 anos humanos.

Viajando com o seu PET



Quando for viajar e decidir levar com você o seu animal de estimação, ou mesmo transportá-lo desacompanhado, saiba que existem procedimentos definidos pelas autoridades sanitárias que requerem sejam tomadas algumas providências com relativa antecedência.

DESTINO: BRASIL

Se você vai viajar dentro do Brasil , deverá levar o seu cachorro ou gato para ser avaliado por um médico veterinário regularmente registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária da unidade federativa de origem do animal, quando será verificado se as vacinas estão em dia (com destaque para a imunização anti-rábica), as condições de saúde e se há infestação por ectoparasitas (pulgas, carrapatos, etc). Este profissional emitirá um atestado, válido por 10 dias, que junto com o cartão/caderneta de vacinação, será suficiente para o traslado do animal, acompanhado ou não de seu dono.

O Atestado Sanitário para o Trânsito de Cães e Gatos deverá conter:

Identificação do proprietário ou acompanhante do animal : nome e endereço completos.
Identificação do animal : nome, espécie, raça, pelagem, sexo, idade e número do microchip.
Vacinação : dose, datas de vacinação e revacinação anti-rábica, nome, número do lote/partida, laboratório fabricante, datas de fabricação e vencimento.
Médico veterinário : carimbo legível com nome completo, número de inscrição no CRMV e assinatura.
Outros animais de companhia requerem a emissão de Guia de Trânsito Animal-GTA, emitida por médico veterinário credenciado pelo MAPA.

Importante:

A circulação do animal no território nacional somente poderá ocorrer após 30 dias da data de aplicação da última vacina anti-rábica.

DESTINO: EUA, CANADÁ, AMÉRICA DO SUL E CENTRAL, ÁFRICA, ÁSIA E OCEANIA

Tratando-se de transporte para outros países, é necessário que o animal ( cão , gato ou furão ) possua identificação, preferencialmente por microchip . Implantado o identificador e avaliado o animal, o médico veterinário emitirá dois atestados:
Atestado de Vacinação , do qual deverá constar:

Vacina : nome, número do lote/partida, laboratório fabricante, datas de fabricação e vencimento.
Vacinação : dose, via de aplicação, datas de vacinação e revacinação.
Identificação do animal : nome, espécie, raça, pelagem, sexo, idade e número do microchip.
Atestado de Sanidade Animal contendo:
Identificação do proprietário : nome e endereço completos.
Identificação do animal : nome, espécie, raça, pelagem, sexo, idade e número do microchip.
Médico veterinário : carimbo legível com nome completo, número de inscrição no CRMV e assinatura.
Data de emissão.
Observação : para cães com destino aos EUA, no atestado deverá constar que o animal não é portador de miíases.
De posse destes atestados, dirigir-se a uma unidade do MAPA onde será emitido o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI).

Importante:

O ingresso do animal nestes países somente poderá ocorrer após 30 dias da data de aplicação da última vacina anti-rábica.

DESTINO: PAÍSES MEMBROS DA UNIÃO EUROPÉIA*, JAPÃO E SUÍÇA

Também é necessário que o animal possua identificação, por tatuagem ou, preferencialmente, por microchip . Implantado o identificador é necessário realizar um exame comprobatório de prévia vacinação contra raiva ( Titulação/Sorologia de Anticorpos de Raiva ).

Para a emissão do Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), o seu pet ( cão , gato ou furão ) deverá possuir os seguintes documentos:

Identificação do Animal : tatuagem claramente legível ou microchip.
Titulação de Anticorpos Neutralizantes de Raiva : com resultado maior ou igual a 0,5 UI/mL, realizado por laboratório credenciado pela União Européia.
Atestado de Vacinação contra Raiva , do qual deverá constar:
Vacina: nome, número do lote/partida, laboratório fabricante, datas de fabricação e vencimento.
Vacinação : dose, via de aplicação, datas de vacinação e revacinação.
Identificação do animal : nome, espécie, raça, pelagem, sexo, idade e número do microchip.
Atestado de Sanidade Animal contendo:
Identificação do proprietário : nome e endereço completos.
Identificação do animal : nome, espécie, raça, pelagem, sexo, idade e número do microchip.
Médico veterinário : carimbo legível com nome completo, número de inscrição no CRMV e assinatura.
Data de emissão .
Observação : para cães com destino aos EUA, no atestado deverá constar que o animal não é portador de miíases.
De posse destes documentos, dirigir-se a uma unidade do MAPA onde será emitido o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI).

Importante:

O ingresso do animal na União Européia somente poderá ocorrer 90 dias após a data de coleta de amostra de sangue para realização de exame de Titulação/Sorologia de Anticorpos Neutralizantes da Raiva por laboratório credenciado.
Países com restrições e/ou exigências adicionais:
Espanha: restrição ao ingresso das raças Pit Bull, Staffordshire Terrier, American Staffordshire Terrier, Rottweiler, Dogo Argentino, Fila Brasileiro, Tosa Inu e Akita Inu. Consultar a representação do país para obter esclarecimentos.
Finlândia : anexar atestado de realização de tratamento contra Echinococcus .
Suíça : não são permitidos cães com cauda e/ou orelhas cortadas, a não ser em casos de curta estadia.
Irlanda e Reino Unido adotam política de quarentena e, portanto, não requerem exame de titulação de anticorpos..
SAIBA MAIS

União Européia

Os países que constituem a União Européia são: Áustria, Bélgica, Chipre, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Gibraltar, Grécia, Hungria, Itália, Latvia(Letônia), Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Eslováquia, Espanha. Irlanda e Reino Unido adotam política de quarentena e, portanto, não requerem exame de titulação de anticorpos..

Microchip

Pequeno dispositivo, desprovido de bateria ou outra fonte de energia, com tamanho e formato de um grão de arroz, aplicado na sob a pele do animal, entre as escápulas, que ante a aproximação do leitor emite uma seqüência numérica, capturada por este leitor, utilizada para identificar o animal.

Após a aplicação é emitido um certificado em que consta a numeração (digital e em código de barras) e os dados do animal e do proprietário.

Titulação de Anticorpos Neutralizantes de Raiva

Exame realizado por laboratório credenciado pela União Européia destinado a verificar a eficácia do programa de vacinação anti-rábica aplicado no animal. Desde fevereiro de 2006, o Laboratório Pasteur, instituição pública do Estado de São Paulo, possui autorização para realizar este exame no Brasil.

A coleta de sangue deverá ser realizada a partir de 30 dias da aplicação da última dose da vacina anti-rábica e deverá apresentar um resultado maior ou igual a 0,5 UI/mL. O soro separado do material coletado é preparado e congelado para envio, assegurando a manutenção dos anticorpos na amostra. O laudo demanda cerca de 3 semanas para ser emitido.